A Teoria dos Sistemas Sociais e seus impactos na comunicação organizacional

João J. A. Curvello | Reflexões | sábado, setembro 25th, 2010

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O texto a seguir é um trecho do artigo A perspectiva sistêmico-comunicacional das organizações e sua importância para os estudos da Comunicação Organizacional, de minha autoria, publicado originalmente no livro Comunicação Organizacional Volume I, organizado por Margarida Kunsch (São Paulo: Saraiva, 2009, pp. 91 a 106).

A Teoria dos Sistemas Sociais de Niklas Luhmann impacta os estudos organizacionais e as análises sobre os processos comunicacionais desde o momento em que muda o eixo de análise do Todo e das partes, da oposição sujeito/objeto, para a diferenciação entre sistema e ambiente. Segundo, quando muda o foco da ação para a comunicação. Para Luhmann, a comunicação é a grande instância que traz em sua composição também a ação (no sentido desenvolvido desde Max Weber). Luhmann também conserva o conceito de sentido, que adquire uma posição central na sua teoria, pois se mostra necessário no processo de fechamento operacional dos sistemas cognitivos e é um produto das operações envolvidas nesse processo. Para o autor, os sistemas sociais são sistemas constituintes e constituídos por sentido. Esses limites de sentido estabelecem um gradiente de complexidade entre sistema e entorno. (RODRIGUEZ, in LUHMANN, 2007, p. xi)

Outro impacto provocado sobre os estudos organizacionais e comunicacionais vem da tese da improbabilidade da comunicação, que se opõe à percepção disseminada desde a Escola de Palo Alto, segundo a qual a comunicação seria inevitável. Com a tese da improbabilidade, Luhmann reconhece os obstáculos que se impõem à comunicação, como a necessidade de acesso, de entendimento e de aceitação daquilo que está sendo compartilhado. Com essa tese, supera-se a visão simplista da transmissão controlada de informações, e nos impõe perguntas como o que aconteceria em outros contextos, em outras circunstâncias, em outros jogos e acordos.

Outra contribuição de Luhmann para superar os limites da análise da comunicação organizacional, por exemplo, surge da oposição entre sua construção teórica e a de Parsons e até mesmo dos teóricos do conflito. Para o autor, a função não pode ser percebida como algo conservador, que não pode ser mudado, porque poderia colocar em risco o próprio sistema, mas como algo que torna possível a observação e a diferenciação e a autopoiese do sistema. Para Luhmann, os sistemas sociais se encontram em processo permanente de mudança. Na relação com o ambiente e com outros sistemas não existe equilíbrio, mas antes de tudo complexidade. Outra novidade trazida por Luhmann, e principal razão de sua clássica polêmica com Habermas, vem da sua visão de que há maior probabilidade de se ter conflito do que consenso nas relações sociais e que a autopoiese do sistema se opera tanto nas bases do conflito quanto do consenso.

Outra questão provocadora para os estudos organizacionais seria a própria definição de organizações como sistemas sociais de tipo particular e único, diferenciados da sociedade. Desse ângulo, resulta impossível pensar que as relações que se estabelecem sejam as de um subsistema em submissão a um sistema global, pois a racionalidade de ambos os sistemas é distinta. Da mesma forma, será distinta a racionalidade entre organizações e demais sistemas também denominados públicos.

A Teoria dos Sistemas Sociais também amplia as possibilidades de compreender teoricamente os processos cognitivos no interior das organizações. Nesse contexto, por exemplo, o aprendizado organizacional e a construção de conhecimento se dariam sobre bases dialógicas, negociadas, considerando tanto a autonomia criativa do sistema organizacional como a dos indivíduos.

Partimos do pressuposto de que as conversações (e mesmo os embates) entre os indivíduos e entre esses e as organizações, antes de representarem perigo e dispêndio de tempo e de recursos, entre outros adjetivos comumente usados por administradores, são sim, instâncias de aprendizagem. São nesses momentos de conversação, que geralmente ocorrem nos corredores ou nos espaços de lazer, como as lanchonetes, que os trabalhadores discutem assuntos relacionados ao trabalho, trocam experiências e aconselham-se mutuamente. Enfrentam os imprevistos e repartem as soluções. Em resumo, interagem. E, por fim, aprendem. Muito mais do que em treinamentos formais, deslocados do ambiente e da cultura do trabalho, uma vez que o conhecimento não pode ser percebido como um estoque de conteúdos a serem preservados, mas como uma competência, uma ação ao mesmo tempo pessoal e engajada em projeto coletivo.

A opção pela abordagem sistêmica se dá em razão da possibilidade de compreender, sob uma lógica processual, a autoconstrução do conhecimento, do sentido e da identidade, em ambientes marcados pela complexidade, pela diferenciação e pelos jogos de poder.

Com nos diz Stockinger (1997, p.7):

Tal criação se dá através de processos de comunicação nos quais ocorrem cruzamentos, misturas e novas conexões de sentido. Isso não quer dizer, no entanto, que cada ato comunicativo cria um sentido novo. A comunicação aparece normalmente como algo repetitivo, redundante e muitas vezes prolixo. Mas, nestes seqüenciamentos repetitivos, desvios se tornam inevitáveis, já que a comunicação ocorre num ambiente incerto, complexo, sujeito a flutuações das mais variadas.
Essas diferenças e novas distinções que certamente aparecem no sistema social são efetivadas provocadas por elementos no ambiente do sistema, essencialmente por humanos que constantemente “irritam“ a comunicação com as mais variadas contribuições criativas.

Por fim, epistemologicamente, o paradigma sistêmico-comunicacional supera a visão mecanicista, reducionista, que trabalha com a simples oposição entre estruturalismo/processualismo, dominação/conflito, afirmação/crítica, por exemplo, e a substitui pelo pensamento sistêmico e complexo, que amplia, em muito, as opções de análise no campo da comunicação organizacional e contribui para libertar o campo da comunicação organizacional de seu caráter meramente utilitário e instrumental.

REFERÊNCIAS:

LUHMANN, Niklas – La sociedad de la sociedad. México: Herder, 2007.

STOCKINGER, Godfried. Sistemas Sociais – A teoria sociológica de Niklas Luhmann. In. PreTextos. Salvador, COMPÓS, [s.p.] 1997.

A incômoda mudança nas cidades

João J. A. Curvello | Reflexões | domingo, setembro 19th, 2010

JaneJacobs

Para bem compreender o que acontece com o Rio, com Brasília, com São Paulo e com muitas outras cidades no mundo, vale a pena ler o livro Morte e Vida de Grandes Cidades, de Jane Jacobs (no Brasil, foi publicado pela Martins Fontes).

Falta de planejamento mata, mas planejamento demais, também. O segredo da pujança e da renovação das cidades está na convivência, no simples ato de cuidar uns dos outros, o que ficou impossível diante do predomínio das grandes vias, das marginais, das grandes auto-estradas, das linhas de todas as cores, mas também dos enclaves urbanos, como os edifícios e os novos condomínios fechados e suas cercas elétricas (verdadeiros campos de concentração hipermodernos).

Afinal, o que é autopoiese?

João J. A. Curvello | Reflexões | sábado, setembro 18th, 2010

Este texto de minha autoria foi publicado originalmente como verbete no Dicionário da Comunicação, organizado por Ciro Marcondes Filho (Ed. Paulus, 2009, p. 35).

(s.f.) # Etim. do grego autós: próprio + poiein: fazer, ou o substantivo poiésis: autofazer-se, autoconstrução, auto–engendramento. # Biologia: os seres vivos seriam sistemas autopoiéticos porque reproduzem todas as unidades elementares de que se compõem, e com isso delimitam as fronteiras e estabelecem distinções com o ambiente. # Sociologia: os sistemas sociais são sistemas autopoiéticos de comunicação, que se autoconstroem e se diferenciam pela comunicação e só pela comunicação podem ser observados e compreendidos.

O conceito de autopoiese foi originalmente desenvolvido pelos pesquisadores chilenos Humberto Maturana (1928-) e Francisco Varela (1946-2001), e aparece pela primeira vez em 1972, no ensaio De Máquinas y Seres Vivos. Em síntese, a autopoiese surge como uma propriedade dos sistemas de se produzirem continuamente a si mesmos, num processo autorreferente que faz com que todo sistema, vivo, psíquico ou social seja ao mesmo tempo produtor e produto, autônomo e dependente. Os autores chilenos identificam essa propriedade como capacidade de forjar identidade. Os sistemas vivos passam a ser descritos então como sistemas fechados operacionalmente na sua autorreferencialidade, orientados para a manutenção de sua identidade.

Niklas Luhmann (A sociedade da sociedade) apropria-se dessa definição para ampliá-la aos sistemas sociais ao vislumbrar no conceito de autopoiese a chave para explicar a autorreferencialidade dos sistemas sociais. E descreve o processo de autopoiese como algo que pode ocorrer de três diferentes maneiras: autopoiese dos sistemas vivos (vida e sistemas vitais), autopoiese dos sistemas psíquicos (que se traduz via consciência) e autopoiese dos sistemas sociais (que se opera via comunicação).

Esses grandes sistemas se diferenciam em relação ao ambiente e constroem seu modo próprio de atuação, bem como suas leis de investigação. Com isso, constituem-se em sistemas fechados operacionalmente, mediante processos de redução da complexidade do ambiente ao qual estão acoplados, processando informação e realizando seleções que lhes são típicas. Só se mesclam mediante interpenetração.

Em resumo, a autopoiese é uma operação cognitiva construída social e comunicativamente. Com o conceito, é possível perceber cada sistema com um organismo, vivo, dinâmico, ativo, que faz constantes seleções para manter a identidade e estabelecer fronteiras e diferenças com o ambiente, mediante diálogos e enunciações nos sistemas e entre os sistemas. Dessa forma, o conceito pode contribuir para a compreensão dos processos comunicativos de construção de sentido e de identidade, de construção e de reconstrução das estruturas sociais, de definição e redefinição dos meios de comunicação, não só nos sistemas vivos e psíquicos, mas também nos sistemas sociais e organizacionais.

Fontes:
LUHMANN, Niklas. La sociedad de la sociedad. México: Herder, 2007.
MATURANA, Humberto e VARELA, Francisco: De máquinas e seres vivos: Autopoiese – a organização do vivo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

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João J. A. Curvello | Convergência Digital,Reflexões | terça-feira, setembro 7th, 2010

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Com pouco tempo para atualizar a Ação Comunicativa, acabo de aderir, tardiamente, sei, ao Twitter.

Talvez, em 140 toques, consiga manter o ritmo de atualizações que já foi a marca deste site, desde o pré-histórico (em termos de web) 1995.

Vocês podem nos seguir pelo @joaocurvello
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As múltiplas e ricas definições de comunicação

João J. A. Curvello | Reflexões,Teorias | domingo, junho 6th, 2010

Este vídeo foi apresentado na jornada “Metodologías de la Comunicación Estratégica: del inventario al encuentro” e publicado originalmente no excelente blog “Comunicación y Sociedad: blog para navegar en el mundo fluido”, de Sandra Massoni, Diretora da Pós-Graduação em Comunicação Ambiental da UNR e Coordenadora de Pesquisa em Comunicação Estratégica do INTA, entidade argentina organizadora do evento. Em poucos minutos e poucas palavras, mostra-nos a riqueza polissêmica do mundo da Comunicação:

Colaborador, quem, cara-pálida?

João J. A. Curvello | Reflexões | domingo, março 21st, 2010

“(…) ´Se eu fosse o condutor do mundo, a primeira coisa que faria seria fixar o sentido das palavras, porque ação segue definição” (Confúcio)

Os modelos de gestão implantados nas últimas décadas do século XX nos deixaram como herança novas nomenclaturas para os empregados e para as equipes.

Termos como colaborador e parceiro e a denominação de equipes ou times como núcleos familiares podem ser analisados como mais uma tentativa de ocultação das tensões inerentes às relações de trabalho. Com os eufemismos, os conflitos voltariam a ser mascarados, agora sob o manto de relações mais igualitárias, participativas, suaves, lúdicas e afetivas.

Recentemente, uma grande universidade brasileira passou a adotar a denominação de colaborador para designar seus funcionários. De início, segundo relatos, entendeu-se que a nova denominação se referia apenas aos administrativos. Mas logo se viu que se referiam a todos, uma vez que os gestores de RH queixavam-se constantemente de que as chamadas aos colaboradores não eram respondidas pelos docentes. Acontece que docente colaborador é uma denominação corrente no meio acadêmico, principalmente nos programas de pós-graduação, e se refere àquele docente que participa dos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, porém sem o vínculo e a expectativa de produção esperada dos docentes permanentes. Ou seja, para os docentes, talvez por senso crítico, talvez por premonição, não fazia o mínimo sentido serem chamados de colaboradores, quando se viam e se reconheciam, sobretudo, como professores e educadores.

Em um de seus últimos livros (Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Editora Olho D’Água, 1993), o pedagogo Paulo Freire faz um paralelo com a perversa substituição, principalmente no ensino fundamental, do termo “professora” pela denominação “tia”. Para Freire, essa denominação de “tia”, identificada também como alguém que faz parte da família e, portanto, não presta um serviço profissional, acaba por justificar a desvalorização e a conseqüente baixa remuneração da categoria docente.

Os profissionais da área de gestão defendem a adoção do novo termo por representar “trabalhar junto”. No entanto, no senso comum e de forma bastante arraigada na cultura brasileira, “colaborar” é também “ajudar”, é trabalhar sem interesse de remuneração, é ser voluntário, é “doar”.

Por isso, acredito que o uso de expressões ditas “superadas” como empregado, funcionário, profissional ou mesmo trabalhador, embora mais duras e pouco empáticas, resultam menos perversas, uma vez que expõem com clareza que as relações de trabalho são mesmo contratuais. Pensar assim, é reconhecer que os trabalhadores são dotados de autonomia e são bastante inteligentes para discernir uma conversa baseada na honestidade daquelas recheadas de segundas intenções persuasivas.

Pouco “panis” e muito “circencis”

João J. A. Curvello | Reflexões | sábado, março 6th, 2010

Um fênomeno que tenho observado com crescente frequência no mundo empresarial é o show dos eventos motivacionais, típico das práticas performáticas introduzidas ou ampliadas pelo chamado marketing interno.

Como já não dão conta de fornecer a proteção do emprego, salários justos e mesmo a promessa de uma relação baseada na confiança, as empresas investem pesado no circo, na motivação pela festa, nas miçangas. Tais rituais, que poderiam ter um caráter espontãneo, de reforço e de reconstrução de valores de uma cultura organizacional em permanente transformação, acabam não passando de mero subterfúgio que tenta restabelecer, de forma artificial, laços que são sistematicamente minados pela competitividade, pela pressão por resultados imediatos, pela disputa cega de poder, traduzido em cargos e suas benesses, e pela ameaça constante do corte, da exclusão pura e simples.

Para poder viabilizar os shows – verdadeiras superproduções se comparadas às antigas festas de confraternização -, algumas empresas até se dão ao luxo de fechar suas portas. Clientes podem esperar. Serviços ficam para depois. Objetivos são protelados. Mas, como já li em algumas das muitas convocações para eventos do tipo: o importante é estar juntos!

Ora, o que essas empresas esquecem, incensadas pelos sempre “proativos” senhores do endomarketing, é que as pessoas até vivem sem a festa, se o livre arbítrio, o respeito, a sinceridade, a honestidade estiverem presentes nos pequenos gestos cotidianos.

Mestrado em Comunicação da UCB seleciona professor

João J. A. Curvello | Reflexões | segunda-feira, dezembro 21st, 2009

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O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação da Universidade Católica de Brasília está com inscrições abertas até o dia 05 de fevereiro de 2010 para credenciamento de professor, conforme abaixo:

Título de Doutor nas áreas de Ciências Sociais, Sociais Aplicadas e/ou Humanas, preferencialmente na área de Comunicação, reconhecido no Brasil.

Vagas: 01 (uma)

Linha de Pesquisa: Processos Comunicacionais nas Organizações

Da inscrição e do perfil do cargo: O candidato deverá realizar a inscrição entre os dias 18 de dezembro de 2009 e 05 de fevereiro de 2010. A inscrição será realizada na Secretaria do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação, via internet e por e-mail: poscomunicacao@pos.ucb.br e rh.talentos@ucb.br. No ato da inscrição o candidato deverá anexar uma carta solicitando credenciamento como docente permanente ou colaborador, versão atualizada do Curriculo na Plataforma Lattes e a proposta de pesquisa a ser desenvolvida no Programa. O Processo Seletivo visa ao provimento de cadastro de Professor no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação – Mestrado. A vaga é destinada ao ensino e à pesquisa na pós-graduação em Comunicação e na graduação em Comunicação Social, devendo contemplar uma carga horária mínima de 8 (oito) horas em sala de aula, além das horas de pesquisa, orientação e apoio à gestão, de acordo com as normas da UCB e designação da Direção do Programa, totalizando uma carga de 40 (quarenta) horas semanais.

Experiência desejada: Ter experiência anterior de orientação em Iniciação Científica ou em Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação ou de Pós-Graduação; Integrar Núcleo de Estudos e/ou Grupo de Pesquisa, prioritariamente na área de Comunicação. Atuar como coordenador e/ou pesquisador responsável por projeto de pesquisa em desenvolvimento. Ter sido responsável por disciplina de sua área de concentração em Instituição de Ensino Superior. Apresentar produção acadêmico-científica nos últimos três anos na proporção de três artigos por ano, publicados em periódicos, livros e/ou eventos classificados pela Área de Ciências Sociais Aplicadas I da CAPES (a natureza dessa produção deverá pertencer de forma explícita e majoritária ao domínio de conhecimento da área de concentração e das linhas de pesquisa do Programa).

Da seleção: A seleção para o cargo de Professor do Programa segue os procedimentos de contratação de docentes da Universidade e constará das seguintes etapas: Primeira Etapa (eliminatória): Análise Curricular. Uma Banca Examinadora fará uma seleção prévia dos “Currículos Lattes” e escolherá no máximo três candidatos por vaga para as etapas seguintes, inclusive para as vagas de cadastro reserva. Segunda Etapa (classificatória): Prova escrita. Nessa etapa, os candidatos realizarão uma prova situacional, por escrito (uma situação de docência será apresentada e o candidato terá de descrever seus procedimentos diante do exposto). Terceira Etapa (classificatória): Prova técnico-didática. Apresentação de Proposta de Pesquisa a ser desenvolvida no Programa e Entrevista. O candidato discutirá a proposta de pesquisa por meio de uma apresentação oral à Banca Examinadora, com duração de 30 minutos, no máximo. Quarta Etapa (eliminatória): Avaliação da Banca Examinadora: após as bancas, o grupo avaliador reunir-se-á e, por votação e registro em ata, indicará o candidato aprovado para a vaga.

Mais informações: http://vulcan.ucb.br/vagasucb/vagasucb.ucb/vagas

O princípio da emergência na aprendizagem dos robôs

João J. A. Curvello | Reflexões | domingo, outubro 18th, 2009

Milhares de abelhas trabalham sem comando e constroem uma colméia. Milhões de neurônios comunicando-se configuram um cérebro. E o que podem fazer vários robôs em um processo relacional? Essas questões estão muito bem tratadas nesse episódio da série Redes, conduzida pelo escritor e divulgador da ciência Eduard Punset para a RTVE da Espanha.

Adiós, Negra

João J. A. Curvello | Reflexões,Sem Categoria | domingo, outubro 4th, 2009

Hoje é um daqueles dias em que nos sentimos sós e abandonados. As notícias que nos chegam dizem que se calou, fisicamente, uma das vozes mais marcantes da resistência aos duros anos dos golpes de estado e das ditaduras. Morreu Mercedes Sosa, filha de San Miguel de Tucumán, argentina, latina, cidadã do mundo, não só pela imposição do exílio mas sobretudo pelo seu inegável talento e integridade. Se hoje sua voz se cala fisicamente, continuemos trabalhando para que não se cale e não suma da memória. Pois precisamos continuar “cantando ao sol” as dores, as tristezas, a exploração, mas também o amor, a esperança, a capacidade de transformar, para melhor, o mundo em que vivemos. Vaya con Diós, Mercedes.

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